As estantes de livros do meu pai têm uma despojada e bonita aura
- no sentido bejaminiano - e percorrer os volumes com o olhar me faz quase
esquecer que ele não está mais aqui. Ler os livros é como retomar velhas
conversas e, algumas vezes, perceber novos ângulos da personalidade de quem por
tanto tempo foi o meu maior amigo. E entre as páginas manchadas pelo tempo,
sempre se encontram fragmentos de quem ele foi e, como um arqueólogo de mim
mesmo, tento reescrever em silêncio a história.
terça-feira, novembro 17, 2015
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